Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Capa da revista Amy Lowell Time 1925

 

AMY LOWELL

( U. S. A. )

 

Amy Lowell (BrooklineMassachusetts9 de fevereiro de 1874 — 12 de maio de 1925) foi uma poetisa dos Estados Unidos condecorada postumamente com o Prémio Pulitzer de Poesia em 1926.[1]

Lowell, irmã do astrónomo Percival Lowell e do presidente da Universidade Harvard Abbott Lawrence Lowell,[2] foi participante do Movimento Imagista de Ezra Pound e comumente considerada epígono deste, por pensar somente na imagem de forma estacionária, tendo, porém, tido seus poemas publicados na primeira antologia imagista e assumido uma certa liderança na difusão internacional deste movimento após 1915, quando foi viver em Londres.

Em função de sua atuação difusora no exterior, foi homenageada com a criação do prêmio anual de poesia Amy Lowell Poetry Travelling Scholarship, que tem a finalidade de divulgar a poesia dos Estados Unidos em outros países.

Veja biografia completa em: wikipedia

TEXTS IN ENGLISH – TEXTOS EM PORTUGUÊS


MARQUES, Oswaldino.  Videntes e sonâmbulos: coletânea de poemas norte-americanos.   Rio de Janeiro: Serviço de Documentação, Miistério da Educação e Cultura, 1955;  300 p.
                                                    Ex. bibl. Antonio Miranda

 

Lilacs,
False blue,
White,
Purple,
Color of lilac.
Your great puffs of Flowers
Are everywhere in this my New England.
Among your heart-shaped leaves
Orange orioles hop like music-box birds and sing
Their weak soft songs;
In the crooks of your branches
The bright eyes of song sparrows sitting on spotted eggs
Peer restlessly through the light and shadow
Of all Springsssss.

Lilacs in dooryards
Holding quiet conversations with na early moon;
Lilacs watching a deserted house
Settling sideways into the grass of an old road;
Lilacs, wind-beaten, staggering under a lopsided shock of
bloom
Above a cellar dug into a hill.

You are everywhere.
You were everywhere.
You tapped the window when the preacher preached his
sermon,
And ran along the road beside the boy going to school.
You stood by pasture-bars to give the cows good milking.
You persuaded the housewife tha her dish-pan was of
silver
And her husbund na image of pure gold.
You flaunted the fragrance of your blossons
Through the wide doors of Custom Houses —
You, and sandalwood, and tea,
Charging the noses of quil-driving clerks
When a ship was from China.
You called to them: "Goose-quill men,
May is a month for flitting."
Until the writhed on their high stools
And wrote poetry on their letter-sheets behind the prop-
ped-up ledgers.
Paradoxal New England clerks,
Writing inventories in ledgers, Reading the "Song of Sol-
omon" at night,
So many verses before bedtime,
Because it was the Bible.
The dead fed you
Amid the slant stones of graveyards.
Pale ghosts who planted you
Came in the night time
And let their thin hai blow through your clustered stems.
You are of the green sea,
And of the stone hills which reach a long distance.
You are of elm-shaded streets with little shops where they
sell kites and marbles,
You are of greast parks Where everyone walks and nobody
is at home.
You cover the blind sides of greenhouses
And lean over the top to say hurry-word through the glass
To your friends, the grapes, inside.

Lilacs,
Falsee bue,
White,
Purple,
Color of lilac,
You have forgotten your Eastern origin,
The vailed Woman with eyes like pantairs,
The swollen, aggressive turbans of jeweled Pashas.
Now you ar a very decente flower,
A reticent flower,
A cuariously clear-cut, candid flower,
Standing beside clean doorways,
Friendly to a house-cat and a pairo of spectacles,
Making poetry out of a bit of moonlight
And a hundred or two sharp blossoms.

Maine knows you,
Has for years and years;
New Hampshire knows you,
And Massachaussetts
And Vermont.
Cape Cod starts you along the beachaes to Rhode Island:
Connecticut takes you from a river to the sea.
You are brighter than apples,
Sweeter than tulips,
You are the great fllood o four souls
Burning above the leaf-shapes of our hearts,
You are the smell of all Summers,
The love of wives and children,
The recollection of the gardens of little children,
You are State Houses and Charters
And the familiar treading of the foot to and from a road
it knows.
May is lilac her in New England,
May is a thrush singing "Sun up" on a tip-top ash-tree,
May is White clouds behind pine-trees
Puffed out and marching upon a blue sky.
May is green as no other,
May is much sun through small leaves,
May is soft earth,
And apple-blossoms,
And Windows open to a South wind.
May is a full light wind of lilac
From Canada to Narragansett Bay.

Lilacs,
False blue,
White,
Purple,
Color of lilac,
Heart-leaves of lilac all over New England,
Lilac in me because I am New England,
Because my roots are in it,
Because my roots are of it,
Because it is my country
And I speak to it of itself
And sing of it with my own voice
Since certainly it is mine.


NIGHT CLOUDS

The white mares of the moon rush along the sky
Beating their Golden hoofs upon the glass Havens;
The White mares of the moon are all standing on their
hind legs
Pawing at the green porcelain doors of the remote Heavens.
Fly, mares!
Strain your utmost,
Scatter the milky dust of stars,
Or the milk dust of stars,
Or the tiger sun will leap upon you and destroy you
With one lick of his vermilion tongue.

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

LILASES

Lilases,
Azul falso,
Brancos,
Roxos,
Cor de lilás,
Vossos grandes tufos de flores
Estão por toda parte nesta minha Nova Inglaterra.
Entre vossas folhas em forma de coração
Melros dourados saltam como passarinhos de caixas-de-
música e cantam
suas minúsculas e frágeis canções;
Nas forquilhas de vossos ramos
Olhos brilhantes de pardais chocando ovos pintalgados
Espreitam sem parar, através a luz e a sombra
De todas as primaveras.

Lilases nos canteiros
Mantendo tranquilas conversa com uma lua prematura;
Lilases vigiando a casa deserta
Arraigando-se, pendidos, na relva de uma velha estrada;
Lilases, batidos pelo vento, cambaleando sob um penso
montão de flores
Acima de uma adega cavada num morro.
Estais em toda parte.
Bateis à janela do pregador enquanto ele pregava seu sermão,
E corríeis pela estrada al lado do menino que seguia para
a escola.
Cresceste junto à cerca do pasto para que as vacas dessem
bom leite,
Convencestes a dona da casa de que sua caçarola era de prata
E seu marido imagem de puro ouro.
Ostentáveis a fragrância de vossas flores
Através as largas portas da Alfândega —
Vós e sândalo, vós e chá,
Assaltando o nariz dos guarda-livros de penas de ganso
Quando navio havia vinda da China.
Gritáveis para eles: "Homens da pena de ganso, homens da
pena de ganso,
Maio é o mês de bater asas,"
Até que eles girassem seus altos tamboretes
E escrevessem poemas em papel de carta, por detrás dos
Razões escorados.
Paradoxais guarda-livros da Nova Inglaterra,
Escrevendo balanços em suas Razões, lendo o "Canto de Salomão"
à noite,
Tantos versos antes de dormir,
Porque estavam na Bíblia).
Os mortos vos alimentam
Por entre as oblíquas lajes dos cemitérios.
Os pálidos fantasmas daqueles que vos plantaram
Chegam quando a noite vem
E deixam que seus finos cabelos desabrochem entre vossos caules
em feixe.
Sois do verde mar
E dos picos de pedra que chegam a longa distância.
Sois das ruas sombreada de olmos, onde pequenas loja vendem
papagaios se bolas de gude,
Sois dos grandes parques onde toda gente passei e ninguém está
em sua casa.

Cobria as paredes, guarnecidas de venezianas, das estufas
E passais sobre a cumeeira para dizer, através da vidraça, uma
rápida palavra
A vossas amigas, as uvas, lá dentro.

 

Lilases,
Azul falso,
Brancos,
Roxos,
Cor de lilás,
Haveis esquecido vossa origem oriental,
As mulheres veladas, com olhos de pantera,
Os fofos, agressivos turbantes de paxás carregados de joias.

Sois agora mui decorosa flor,
Reticente flor,
De nítido, curioso recorte, cândida flor,
Vivendo ao lado de asseados portais,
Propícia aos gatos domésticos e a um par de óculos,
Extraindo poesia do raio de luar
Sobre um cento ou dois de penetrantes flores.

Maine vos conhece,
Já há anos e anos,
New Hampshire vos conhece,
Massachussetts,
Vermont.
De Cape Cod partis, ao longo das praias, até Rhode Island;
Connecticut vos traz de seu rio até o mar.
Mais lustrosas do que maçãs,
Mais suaves do que tulipas,
Sois o grande fluxo de nossas almas
Explodindo por cima de nossos corações em forma de folha,
Sois o perfume de todos os verões,
O amor de esposas se de crianças,
A lembrança dos jardins de criancinhas,
Sois Câmaras Municipais, Cartas Constitucionais
E o familiar pisar de pé, abaixo e acima, num caminho que
bem conhece.
Maio são lilases aqui na Nova Inglaterra,
Maio é um tordo cantando: "Eis o sol!" no top do freixo,
Maio são nuvens brancas por detrás dos pinheiros,
Nuvens que alguém soprou e caminham no céu azul.
Maio é um verde como não há nenhum,
Maio é muito sol filtrando-se por pequenas folhas,
Maio é a terra fofa,
Flores de maçã,
Janelas abertas para um vento do sul
Maio é uma leve brisa cheirando a lilases
Do Canadá à Baía de Narragansett.

Lilases,
Azul falso,
Brancos,
Roxos,
Cor de lilás,
Folhas-corações de lilás por toda a Nova Inglaterra,
Raízes de lilás sob todo o chão da Nova Inglaterra,
Lilás em mim porque sou Nova Inglaterra.
Porque minhas raízes nela estão,
Porque minha folhas dela são,
Porque minhas flores a ela vão,
Porque minha terra ele é,
E a ela falo de si mesma,
E com minha voz a celebro
Pois com certeza ela é minha.

Tradução de João Cabral de Melo Neto

 

NUVENS NOTURNAS   

No firmamento,
as brancas éguas da lua estão correndo.
Batem os cascos de ouro contra os céus de vidro;
As brancas éguas da lua se erguem sobre as patas traseiras
E arranham as portas de porcelana verde dos remotos céus.
Éguas, voai!
Tentai vosso supremo esforço,
Espalhai a poeira láctea das estrelas,
senão o sol, como um tigre, saltará sobre vós
e vos destruirá,
com um só lamber da sua rubra língua.

Tradução de Guilherme de Castro e Silva

 

 

*



VEJA E LEIA  outros poetas do mundo em nosso Portal:

 

http://www.antoniomiranda.com.br/poesiamundialportugues/poesiamundialportugues.html


Página publicada em junho de 2027

Veja poemas de AMY LOWELL traduzidos por João Cabral de Melo Neto.

 


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar